Em 2025, o Brasil passou a adotar oficialmente a 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Essa mudança, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), trouxe atualizações importantes em várias áreas da saúde — e uma das mais significativas é a forma como se diagnostica o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Na Conceição Transportes, acreditamos que a inclusão vai além do embarque. Ela começa no entendimento, no acolhimento e na empatia. Por isso, queremos explicar de forma simples e direta o que mudou e por que isso é tão relevante para todos nós.
O que é a CID-11?
A CID é uma ferramenta usada por médicos e profissionais da saúde para diagnosticar doenças e condições de saúde. É padronizada mundialmente, o que garante que diagnósticos sejam feitos com base nos mesmos critérios, independentemente do país.
A nova versão, CID-11, substitui a CID-10 (em uso desde a década de 1990) e reflete os avanços da ciência e da medicina. No Brasil, ela começou a ser implementada em 2025 e traz novidades especialmente no campo do neurodesenvolvimento, como o autismo.
Por que essa mudança é importante?
Antes da CID-11, o autismo era dividido em várias categorias, como:
- Autismo Infantil
- Síndrome de Asperger
- Transtorno Desintegrativo da Infância
Essa fragmentação gerava confusões e dificultava tanto o diagnóstico quanto o acesso a tratamentos adequados. A CID-11 traz uma abordagem mais moderna e inclusiva: agora, todos esses diagnósticos estão reunidos em uma única categoria chamada Transtorno do Espectro do Autismo (código 6A02).
Essa mudança não é apenas técnica. Ela representa uma forma mais justa de enxergar o autismo — como um espectro com muitas formas de manifestação, e não como “tipos separados”.
O que mudou no diagnóstico?
Com a CID-11, o diagnóstico do TEA passou a considerar dois aspectos principais:
- Presença ou ausência de deficiência intelectual
- Nível de desenvolvimento da linguagem funcional
Esses critérios geram diferentes subcategorias dentro do espectro, permitindo um diagnóstico mais personalizado e assertivo. Veja alguns exemplos:
- 6A02.0 – Sem deficiência intelectual e com linguagem funcional
- 6A02.1 – Com deficiência intelectual, mas com linguagem preservada
- 6A02.2 – Sem deficiência intelectual, mas com linguagem prejudicada
- 6A02.3 – Com deficiência intelectual e linguagem prejudicada
Essa classificação facilita o planejamento de intervenções mais adequadas às necessidades de cada pessoa.
O que foi excluído?
Com a nova classificação, diagnósticos como “Síndrome de Asperger” deixaram de existir como categorias oficiais. No entanto, isso não invalida laudos antigos e nem desconsidera a história de quem se identifica com esse termo.
A mudança tem como objetivo simplificar e tornar o processo diagnóstico mais abrangente e menos rotulador.
É obrigatório atualizar o diagnóstico?
A resposta é: não.
Pessoas que já possuem diagnóstico com base na CID-10 não precisam atualizá-lo obrigatoriamente. A nova classificação será aplicada principalmente a novos diagnósticos.
Importante lembrar: os direitos adquiridos continuam garantidos, independentemente do código utilizado.
Por que a Conceição Transportes fala sobre isso?
Porque inclusão é um valor que nos move todos os dias.
Aqui na Conceição Transportes, queremos contribuir para uma sociedade mais acolhedora — e isso começa com a informação. Falar sobre autismo, compartilhar essas mudanças e promover a compreensão é uma forma de tornar o transporte (e o mundo) mais acessível.
Se você chegou até aqui, já deu o primeiro passo com a gente.